No cotidiano escolar, termos como prova, avaliação, teste, medida, avaliação formativa, diagnóstico, avaliação externa, item de avaliação, descritor etc. são usados com significados os mais diversos. Aprofundar o estudo sobre a avaliação da aprendizagem passa por delimitar de forma mais precisa os significados desses termos, a partir de referências robustas e úteis para os educadores, capazes de desfazer mitos e equívocos.

O principal atributo de uma avaliação deve ser a validade, o que significa que ela deve permitir fazer boas inferências a respeito da aprendizagem dos alunos a partir dos dados coletados. Itens desalinhados aos objetivos de aprendizagem, itens mal formulados e “pegadinhas” podem comprometer a validade das avaliações escolares. Para perseguir a validade ao elaborar itens para avaliações, há princípios e técnicas a serem seguidas.

Usualmente, uma avaliação é dita formativa quando tem como finalidade a promoção da aprendizagem. Na prática, o conceito esbarra na dificuldade de ir da intenção à efetividade. Na Academia Primeira Escolha, entendemos a avaliação formativa como um conjunto de práticas inter-relacionadas que comprovadamente promovem aprendizagem.

Para que a avaliação diagnóstica possa colaborar com o planejamento, não basta (nem é necessário) que aconteça no início do ano. Mas é preciso considerar profundamente sua finalidade na forma de elaborar os instrumentos, de modo que os resultados apontem os ajustes necessários entre o plano de ensino e os estudantes.

A contextualização ganhou força na educação brasileira a partir de diversas diretrizes curriculares e também de avaliações em larga escala tais como o ENEM. Entretanto, acerca do conceito de contextualização no ensino pairam diversas misconceptions, que precisam ser esclarecidas para que, efetivamente, esse conceito se torne uma ferramenta útil aos educadores.

A organização da BNCC por competências e habilidades exige atenção especial, pois, a despeito de serem conceitos já amplamente conhecidos em Educação, frequentemente as práticas escolares organizam-se exclusivamente em torno na noção de conteúdo. Avaliar o desenvolvimento de competências e habilidades vai além da mera verificação da aquisição de repertório, exigindo uma abordagem contextualizada, com atenção tanto aos processos cognitivos como aos conteúdos.

Com a importância crescente das avaliações padronizadas nas últimas décadas (ENEM, SAEB etc.), a Teoria de Resposta ao Item (TRI) ganhou muita visibilidade, mas também se tornou objeto de muitas dúvidas e mistificações. Embora a TRI seja uma metodologia estatística complexa, seus conceitos básicos podem e devem ser conhecidos dos educadores, com especial atenção a suas interpretações pedagógicas.

As avaliações educacionais padecem de um problema no mundo tecnológico da atualidade aflige muitas organizações: são gerados muito mais dados do que comporta a capacidade dos profissionais para analisá-los. Algumas dezenas de questões de provas respondidas por algumas centenas de alunos geram milhares de informações, que podem ser organizadas e interpretadas de muitas maneiras. É preciso método e modelos analisar os dados de modo a atribuir significados pedagógicos para as informações.

Colocar a avaliação a serviço da aprendizagem passa por estabelecer objetivos de aprendizagem e critérios de sucesso claros, bem como por qualificar as devolutivas dadas aos alunos. As rubricas de avaliação são ferramentas que podem contribuir para o alcance desses propósitos.